domingo, 30 de setembro de 2012

SUAVE MELODIA
Barbet
24 setembro 2012


Gostaria de tentar
De forma simples expressar,
Nas notas musicais,
Meu mais singelo (Des) amor.

Dó´que pena me traz,
As lembranças de tudo que jaz,
Debaixo de montes de sonhos
Forjados por nós dois.

Ré´flito tudo que tivemos,
Partilhamos e vivemos,
Refizemos e trabalhamos, agora
Desmanchamos.

Mí´Alma custa acreditar,
Que já fomos juntos buscar,
No caminho um lugar, mas acabou
Por egoísmo ou desamor.

Fá´ltava algo importante,
Ainda não sei bem o quê,
Nosso amor não foi o bastante,
Todo o elo desatou.

Sol´aquece meu caminho,
Enche de luz, flores e vida,
Toda essa estrada cingida,
Repleta de águas descaídas.

Lá´bem longe a lua se esconde,
Tristonho e meigo é o seu olhar,
Ela que sempre me fez sonhar,
Hoje me vê sofrer e chorar.

Sí´um dia assim acontecer de
Meu amor encontrar,
Que venha cheio de sonhos,
Trazido nas asas do ar.

A noite já se faz tarde
E a música já terminou,
Todo o compasso da minha história
Em meu coração se calou.

Bonne Nuit

* * *

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

TORRE DE PAPEL
Barbet
11 setembro 2012

Qual esfinge se apresentava,
Portando estilo sedutor,
Oprimindo e simbolizando,
A imagem "Do grande senhor".

Paredes de papier mâché,
No maior requinte picado,
Amassado, esmagado e colado
Com sangue humano derramado.

Tentava alcançar os céus,
Sem as raízes fincar,
Sem cuidar dos jardineiros
Que passavam a vida a regar.

O correto já não importava,
Nem a realidade no ar,
Apenas os interesses vigentes,
Naquele momento e lugar.
A lembrar um olhar

Numa Grande mise en scène,
Tudo se foi por ar,
Menos quem por direito,
Teria que "pagar".

As vítimas?
Meros coadjuvantes,
Nenhuma escolha tiveram,
Quais marionetes de Grande peça,
Simplesmente se deram.

Meus mais sinceros pesares,
Por cada alma atingida,
De forma direta ou não,
Neste drama da vida.

Que os verdadeiros culpados,
Um dia não muito distante,
Sejam pegos e julgados,
DA forma devida por
Cada vida,
Consumida.

* * *


 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

QUEM ES?
Barbet
10 de setembro 2012


Boa pergunta,
Fico a pensar,
Ontem, hoje e depois,
Onde é meu lugar?

Se ontem já se foi e
O hoje me parece feliz,
O depois quem me diz?
Podes me contar?

Protagonista sou,
Das minhas idas e vindas,
Nas malas levo
Olhares, cores e sabores.

Amores? Claro, OS tive,
Alguns para lembrar.
Eternos e os fugazes,
Não desejo mais falar.

J´suis comme ça,
Busco o que não existe,
Nas areias do deserto,
Ou mas ondas do mar.

A solitude faz-me bem,
Mas contigo quiçá,
Possa encontrar,
A doçura do amar.

Au revoir

* * *